"Você é um deus entre insetos. Nunca deixem lhe dizer o contrário"
X-Men 2 é a primeira continuação da Marvel e também a primeira sequência de um filme desde a "retomada" dos filmes de super heróis. Todo mundo do filme anterior retornou, desde o diretor, roteiristas, produtores e até mesmo os atores, com bem vindas novas adições. Todos dispostos a entregar o melhor filme possível para os fãs e para o público.
A melhor parte vem agora: eles conseguiram.
Desta vez o diretor Bryan Singer, junto com mega time de roteiristas (Zak Penn, David Hayter, Michael Dougherty e Dan Harris) conseguiu contar uma história que aumenta o escopo da trama mundial da guerra entre humanos e mutantes, mas sem perder o foco intimista nos personagens, que movem a trama o tempo todo com suas motivações, planos e sentimentos.
A trama mostra o impiedoso coronel William Stryker armando um plano meticuloso para persuadir o presidente dos EUA a lhe conceder carta branca para usar de violência contra os mutantes, depois que um deles, Noturno (Alan Cumming) tentou matar o presidente em nome da "liberdade mutante". Stryker decide começar pela mansão do professor Xavier enquanto este e seus principais pupilos, Tempestade, Jean Grey e Ciclope estão longe, porém Wolverine consegue impedir que um dano maior ocorra. Mas não antes de se lembrar que o coronel Stryker foi o responsável por inserir o adamantium no esqueleto de Logan, e que causou a sua perda de memória, 15 anos antes.
Livre da tarefa de ter que apresentar os personagens para o público, o roteiro apresenta novos personagens ao universo dos X-Men no cinena, Surge o já mencionado Noturno, que possui teletransporte e uma aparência demoníaca, mas supreende a platéia ao revelar-se um religioso que recorre à Deus quando se encontra aflito. Temos Pyro (Aaron Stanford), um jovem que ainda não decidiu de que lado está nessa guerra. E claro, o prório vilão William Stryker, vivido pelo ator Brian Cox como um vilão ardiloso e inteligente, que usa da sutileza e da manipulação para conseguir seus objetivos e que tem seus próprios motivos familiares para odiar os mutantes.
Os velhos personagens voltam ainda melhores com destaque para Wolverine (como sempre), Jean Grey, Homem de Gelo, Mística e mais uma vez o grande Ian McKellen dá um show como Magneto, o mutante que deseja acabar com os humanos para impor a supremacia mutante no mundo. Apesar da aliança forçada entre ele os X-Men, Magneto nunca deixa de torcer os fatos a seu favor, tornando este um personagem maravilhoso de se assistir. O roteiro do filme discute mais profundamente o tema do preconceito contra os mutantes. E essa discussão se mostra relevante mesmo sete anos após o lançamento do filme, onde finalmente as minorias ao redor do mundo passaram a lutar de forma mais ativa pelos seus direitos. Assim como os mutantes.
E sem dúvida, a melhor cena que demonstra esse tema é a cena que se passa na casa dos pais do Homem de Gelo, onde o constrangimento deste em revelar aos pais que é um mutante não deve ser muito diferente do que um homossexual se assumindo para a sua família.
Tudo isso embalado em muita ação, efeitos visuais de ponta, atuações ótimas, direção impecável e um ótimo roteiro. E os cineastas não decepcionam nas referências aos quadrinhos, sejam em falas, em quadros específicos ou em momentos que fazem alusão a um dos momentos mais marcantes dos gibis, mostrando a morte de um personagem muito querido pelos fãs.
X-Men 2 faz tudo que uma continuação deve fazer: apresentar novas ideias e ao mesmo tempo expandir os conceitos de seu antecessor. É um filme excelente e fez por merecer a ótima bilheteria e críticas positivas que ganhou ao longo do tempo.
Veja aqui o trailer do filme.
Cotação: *****
No próximo post: Hellboy
Caracas... acabei de descobrir que a vilã do Wolverine nesse filme não é a X-23, que eu sempre pensei que fosse!! o.O
ResponderExcluirEsse sim, podemos dizer que foi a 1ª grande continuação decente de um filme de super-heróis! Adoro esse filme e o gancho que ele dá no final para o 3º (lixo) filme!