Decidi começar uma coluna nova no blog, uma que trará boas lembranças para mim, pois tenho certeza que me divertirei muito escrevendo ela. Vou revisitar alguns velhos desenhos que assisti na minha infância, e que tive a sorte de poder rever em DVD, seja ele original, ou montado a partir de arquivos baixados. Assim como a minha coluna Movie Comics, irei postar sempre que puder. Bora lá?
O primeiro episódio da série não perde muito tempo em apresentar os heróis ou a situação: já somos jogados nela logo de cara. A abertura se encarrega de nos dizer o que está acontecendo e como os jovens foram para um parque e acabaram indo parar em um mundo saído direto dos livros de Dungeons and Dragons (que aliás é o nome original de CdD). A trama da primeira aventura coloca Hank, Eric, Diana, Sheila, Presto, Bobby e seu fiel unicórnio Uni encontrando o poderoso mago Merlin, que pode levá-los de volta para casa. Mas eles são alertados pelo Mestre dos Magos de que o perigo será reconhecido por "alguma coisa branca". Apesar de ser conhecido pela maturidade de seus roteiros, este primeiro episódio peca um pouco pela pressa em apresentar suas situações. Mas acoisa melhora quando o grande vilão da série, o Vingador, surge pela primeira vez. Se a pressa tira pontos da narrativa, o mesmo não pode-se dizer das cenas de ação, que são inventivas e acontecem aos montes, o suficiente pra deixar as crianças felizes, especialmente com o visual do dragão Tiamat. ***
Tal qual Caverna do Dragão, este primeiro episódio da série do Homem-Aranha também não perde muito tempo nas apresentações dos personagens. No começo do episódio, já vemos o Aranha em plena ação, e com tiradas sarcásticas sempre bem-vindas, tornando-o mais próximo dos quadrinhos. Não ficamos conhecendo nada sobre a origem do Homem-Aranha, mas nos próximos episódios ela é colocada em flashbacks econômicos e eficientes, e um desses neste episódio iria atrapalhar a história. Como o título sugere, (já começando aí os fracos nomes de capítulos da série), o episódio mostra a origem do vilão Lagarto, cuja identidade secreta é Curt Connors, um professor de ciências que quer fazer crescer um braço novo, pois só nasceu com um. O episódio já apresenta os personagens J. Jonah Jameson, Eddie Brock (o futuro Venom) e a tia May. Apesar da trama rasa, os diálogos e a animação compensam qualquer furo de roteiro, e temos diversão de primeira qualidade. ***
A série já começa acertando na sua retratação do planeta Krypton, sendo diferente do que aparece nos filmes (que logo ganharão seu texto na coluna Movie Comics) como uma sociedade futurista e quase utópica, embora eu ache estranho a ausência total de outro tipo de figurino para os habitantes, que parecem se vestir como samurais do futuro. Mas o que temos nessa primeira parte é exatamente o que falta nos desenhos anteriores desse texto: desenvolvimento de narrativa, sem sacrificar os personagens. Acompanhamos nesse capítulo os eventos que levam a destruição do planeta Krypton, enquanto Jor-El tenta convencer seus superiores de que há algo errado com o planeta, mas ele é contestado por Brainiac, o grande computador que controla as funções vitais do planeta. Se o episódio parece só correria e tiros, quando vemos a imagem do pequeno filho de Jor-El dentro da nave que o conduzirá ao planeta Terra, sabemos que estamos assistindo o início de uma mitologia.****
S1E2 - Natal com o Coringa
S1E3 - Nada a Temer
É impossível aqui em casa assistir a um só episódio desse desenho. Quase todos são pequenas obras de arte. Uns mais, outros menos. O primeiro ep. "Asas de Couro" também não perde tempo apresentando Batman, mas é possível saber que estamos presenciando o começo de carreira dele, pois as autoridades de Gotham ainda desconfiam dele. Passado esta parte, que é uma clara homenagem á graphic novel "Batman Ano Um", vamos para o bloco interessante do episódio, que é a apresentação do Morcego Humano, um vilão relativamente obscuro no mythos de Batman, mas que é assustador pelo seu tamanho e aparência demoníaca. O episódio "Natal com o Coringa" é mais leve, provavelmente feito sob toque de caixa para agradar também às crianças que se assustaram com o tom sério do primeiro episódio. Apesar de ser um capítulo engraçado por conta dos planos loucos do Coringa e da personalidade ranzinza de Batman com relação ao Natal, ele pouco tem de memorável. Já o capítulo "Nada a Temer" começa a trazer a complexidade temática pela qual a série seria conhecida e reverenciada até hoje. Trazendo a primeira aparição do Espantalho, o episódio discute temas como o medo e a vergonha que Bruce Wayne sente por achar que não está honrando o nome de seu falecido pai, que aparece para ele em visões assustadoras. Complexidade narrativa, visual marcante e cenas de ação perfeitas, este episódio é o melhor desse pacotinho de capítulos que vi. Mas ainda tem muito mais por vir.
Asas de Couro:****
Natal com o Coringa:***
Nada a Temer: *****
Poxa Gustavo, fiquei com vontade de rever todos! Se bem que Caverna do Dragão tá passando na TV Globinho! hehehehehehe
ResponderExcluirótimo post, ótima ideia!