sábado, 4 de setembro de 2010

Novos reviews!

Todo mundo aplaudindo o clássico Palhaços Assassinos do Espaço


 'Ta merda!! Quando eu quero esse lugar aqui fica sem nada pra falar mesmo hein!

Mas vamo lá então. Assisti uma porrada de coisa desde a última vez que eu postei aqui. Então vamo lá recuperar o tempo perdido.







Os Imperdoáveis

Clint Eastwood atua e dirige neste faroeste de 1992, que merecidamente abocanhou o Oscar de Melhor Filme. O ex-matador William Munny se vê obrigado a voltar ao velho ofício depois que fazendeiros retalham o rosto de uma prostituta na cidade de Big Whiskey. As mulheres colocam a cabeça dos fazendeiros a prêmio e a recompensa atrai Munny, o jovem impetuoso Schofield Kid (Jaimz Woolvert) e o veterano parceiro de Munny, Ned Logan (o sempre brilhante Morgan Freeman), além de atrair o matador britânico excêntrico English Bob (Richard Harris, o Dumbledore dos dois primeiros filmes de Harry Potter). Claro que tudo isso desagrada o xerife da cidade, Bill Dagget (Gene Hackman), que fará de tudo para manter a lei máxima da cidadezinha: "Nada de armas". Com roteiro de David Peoples (Blade Runner), Os Imperdóaveis é um filme triste, que lida com os aspectos menos românticos do faroeste, e numa das melhores cenas do filme, é possível perceber que disparar uma arma nem sempre é sinal de glória para um cowboy. Um filme inesquecível.



Se7en - Os Sete Crimes Capitais

Para mim este, ao lado de O Silêncio dos Inocentes, representa a melhor mistura entre filme policial, suspense, e uma pequena dose de terror.  A investigação do jovem detetive John Mills (Brad Pitt, incrível como sempre) e do veterano prestes a se aposentar William Sommerset (Morgan Freeman, again) é mostrada em todos os detalhes forenses e também expõe o impacto dos crimes baseados nos pecados capitais em ambos os policiais. Não bastando os detalhes escabrosos de cada um dos assassinatos, o drama dos personagens é igualmente angustiante e digno de aplausos para o roteiro de Andrew Kevin Walker (A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, O Lobisomem de 2010). David Fincher mostrou a que veio neste filme, e se firmou até hoje como um dos melhores cineastas desta geração, vindo a dirigir O Curioso Caso de Benjamin Button, O Quarto do Pânico, e Clube da Luta. Também com Gwyneth Paltrow no elenco como a esposa do personagem de Brad Pitt.



Excalibur

Esqueça o Rei Arthur de Clive Owen ou o Lancelot de Ioan Gruffudd do razoável filme de 2004. Este clássico de 1981 foi, é, e sempre será o filme definitivo sobre a lenda Arturiana. Filmado inteiramente em soft-focus, dando uma qualidade quase onírica e mística ao filme todo, Excalibur explora com realismo e fantasias misturados, todo o mito do rei Arthur (Nigel Terry), desde a traição de seu pai Uther Pendragon (Gabriel Byrne); a espada Excalibur na pedra, a construção de Camelot, a infidelidade de Guenevere com Lancelot, a busca pelo Graal e o relacionamento entre o mago Merlin (Nicol Williamson) e a feiticeira Morgana (Helen Mirren). Dirigido por John Boorman, e roteirizado por Boorman e Rospo Pallenberg (baseado na obra Le Morte D'Arthur, de Thomas Mallory) após uma tentativa falha de filmar a saga de O Senhor dos Anéis, o roteiro de Excalibur faz discretas referências à trilogia de J.R.R. Tolkien. O filme foi inovador por ser o primeiro produto de consumo em massa a usar a música O Fortuna, da ópera Carmina Burana, como tema de suas cenas mais dramáticas, além de usar vários pedaços da óperas de Richard Wagner. Também conta com os primeiros papéis de atores consagradíssimos como Gabriel Byrne, Liam Neeson e Patrick Stewart. Clique aqui se você não sabe qual música é O Fortuna. Nas primeiras notas você irá se lembrar.



Duna

O filme mais injustiçado da história da ficção científica!! Lançado em 1984 e baseado no épico romance de 1965, escrito por Frank Herbert, Duna mostra o universo do ano 10.191 a.C., onde intrigas políticas, batalhas épicas, cenas que parecem viagens de LSD, misticismo e guerras interplanetárias giram em torno de uma substância conhecida como a Especiaria Laranja, que dá ao seu portador a habilidade de viajar para qualquer parte do Universo sem se mexer. A Especiaria só pode ser encontrada no árido planeta Arrakis, também conhecido como Duna. No centro deste contexto está o jovem Paul Atreides (Kyle MacLachlan, o Trey da série Sex And The City). Filho de um duque e de uma bruxa, Paul está destinado a mudar todo o cenário do Universo e se tornar um líder espiritual e militar para inúmeras pessoas. Mas isso desagrada o imperador do Universo Shaddam IV (Miguel Ferrer) e o barão Vladmir Harkonnen (Kenneth McMillan), que querem o jovem Atreides morto para obter controle sobre a Especiaria. Todos os envolvidos no filme renegam sua existência, inclusive seu diretor David Lynch (O Homem Elefante, Veludo Azul) o que é uma pena, pois na opinião deste que vos escreve, Duna é um dos mais belos filmes dos anos 80, que deveria ser alçado ao patamar de clássico assim como Star Wars e De Volta Para o Futuro foram, cada um ao seu estilo. A história pode parecer incoerente em algumas vezes, mas não é incompreensível, e acompanhar a jornada de Paul Atreides de um jovem rapaz a um homem maduro e líder de outras pessoas é uma viagem maravilhosa, pontuada pela hipnótica trilha sonora da banda Toto e de Brian Eno. Se encontrarem na locadora, aluguem sem medo. (Procurem a versão de 140 minutos. A versão estendida é mal editada e pode afastar você de uma boa primeira impressão do filme). Também com Patrick Stewart, Max Von Sydow, Sean Young, Virginia Madsen e o cantor Sting em papel bizarríssimo.

Clique aqui para viajar em uma das canções da trilha sonora do filme. 



Alien - O Oitavo Passageiro

Acho que eu posso declamar todas as falas desse filme, tamanha a minha adoração por ele. Alien só fica abaixo de Star Wars e Star Trek no meu ranking de séries de sci-fi favoritas. O que pode ser dito sobre esse filme que já não foi dito? Levou os nomes do diretor Ridley Scott e a atriz Sigourney Weaver ao estrelato e consagrou um dos melhores monstros do cinema, cuja visagem é reconhecida imediatamente em qualquer canto do planeta. Isso tudo sem contar que Alien possui o melhor slogan cinematográfico de todos os tempos: "No espaço, ninguém vai ouvir você gritar". O mote do filme de 1979 não é mostrar, mas deixar o espectador imaginando o que o alien faz com os pobres tripulantes da imensa nave de carga Nostromo, apesar da clássica cena do jantar mostrar explicitamente a que o alien veio. Mais do que um clássico, um verdadeiro evento no cinema. Não deixe também de conferir a continuação Aliens - O Resgate, dirigida por um jovem James Cameron e também com Weaver no papel da durona Ellen Ripley.

Ufa! Foi tenso escrever tudo isso hoje! Mas valeu a pena pra deixar um post fresquinho aqui pra vocês. Fui nessa!

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